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IMPRENSA | Clipping |

Clipping - 17/10/2017

Geral

Fonte: Notícias do Dia

Entraves ambientais: O trecho da discórdia no acesso do novo aeroporto de Florianópolis

Parte do acesso ao novo aeroporto não sai do papel porque margeia uma área de preservação permanente

O motorista que se dirige ou que retorna do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, vê as máquinas trabalhando no trecho de 3,5 quilômetros que termina próximo ao estádio da Ressacada e não imagina o que vem ocorrendo logo adiante. No segmento inicial, 85% da obra está concluída, mas falta contratar um pedaço que não tem o beneplácito do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Nessa parte contestada é que reside o maior óbice enfrentado hoje em Santa Catarina pelo Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura). A Zurich Airports marcou para outubro de 2019 a entrega do novo aeroporto, porém os 1.400 metros em litígio tiram o sono das autoridades. Mesmo sem questionar as leis, o diretor de Planejamento e Projetos do Deinfra, Carlos Alberto Simone Ferrari, sentencia: “Florianópolis merecia sorte melhor”.


De alguma maneira, ele reflete o sentimento de agentes públicos e privados que reclamam da morosidade na análise dos projetos de infraestrutura, quando não da negativa de autorização para a execução das obras. No caso do acesso ao aeroporto, 3,78 quilômetros (de um total de seis quilômetros) estão praticamente prontos, incluindo o outro extremo, que dará acesso ao novo terminal de passageiros.

No meio é que está o impasse: o traçado margeia uma APP (Área de preservação permanente) e a Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, razão pela qual o ICMBio impôs como condicionante para o licenciamento a mudança do traçado, passando por dentro do loteamento Santos Dumont. “Só com as desapropriações dos lotes intermediários gastaríamos R$ 95 milhões, quando o custo total da obra física é de R$ 55 milhões”, alega Ferrari.

O projeto do Deinfra prevê a colocação de uma cerca para proteger a APP de invasões e não contempla acessos secundários na faixa de domínio. Além do imbróglio do licenciamento do lote intermediário, o trecho em questão exigirá a remoção de solos móveis. “É a parte mais crítica da obra”, afirma Ferrari, preocupado com os prazos.

O viés político, envolvendo o Fórum Parlamentar Catarinense, foi uma saída proposta, e agora o processo está no ICMBio em Brasília, onde até o governador Raimundo Colombo (PSD) esteve para fazer a sua pressão particular. O Ministério Público Federal solicitou um projeto alternativo, e não está descartado o licenciamento à revelia pela Fatma (Fundação Estadual do Meio Ambiente), em vista da urgência de licitar o trecho.

“É uma operação de guerra”, diz secretário

A questão do licenciamento ambiental dá margem a tudo, menos a unanimidades. Para o secretário de Estado da Infraestrutura, Murilo Flores, é sempre bom contar com uma equipe apta em desatar nós. “Chega a ser uma operação de guerra, principalmente quando estamos tratando, como no caso do Pacto por Santa Catarina, de centenas de obras ao mesmo tempo”, diz.

É comum os projetos do Estado se depararem com sítios arqueológicos, comunidades indígenas e áreas de preservação ambiental. Também acontece de a obra estar perto do fim e surgir a necessidade de readequações que não eram esperadas.

No Deinfra, a gerente de Meio Ambiente, Anya da Silva Almeida, já recebeu documentos pedindo a contagem numérica da fauna em locais a serem cortados por rodovias estaduais. Em outros casos, há a exigência de estudos de ruídos e do impacto da estrada sobre o ecossistema durante as quatro estações do ano. “O licenciamento é mais rigoroso na pavimentação de rodovias do que naquelas de chão batido”, explica. Quando as exigências extrapolam o plano básico, partindo para o EIA-Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental), feito por uma empresa contratada para este fim, a espera pode passar de um ano.

Segundo o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick Rates, 60% dos projetos de licenciamento chegam com problemas, exigindo complementações que vão retardando os processos. “As leis ambientais não existiam 20 anos atrás”, diz ele para explicar as dificuldades de quem elabora os projetos. Por outro lado, há casos em que tudo é feito sem a necessária discussão com a comunidade e muitos pedidos de licenciamento desrespeitam a legislação.


Fonte: Notícias do Dia

Enrocamento de R$ 180 mil começa a ser construído no Morro das Pedras, em Florianópolis

Prevista para durar um mês, a obra de colocação de 2.500 m³ de pedras está sendo executada pela empresa Britagem Vogelsanger. Muro de pedras deve ter quatro metros de altura e 120 metros de extensão

Para preservar a SC-406 e uma adutora da Casan responsável pelo abastecimento de 150 mil pessoas no Sul e Leste da Ilha, em Florianópolis, um enrocamento começou a ser construído na praia do Caldeirão do Morro das Pedras. Prevista para durar um mês, a obra de colocação de 2.500 m³ de pedras de granito está sendo executada pela empresa Britagem Vogelsanger pelo valor de R$ 180 mil. A erosão provocada é consequência de uma série de ressacas na Ilha. O fenômeno começou em maio nas praias do Norte da Ilha e atingiu forte a praia do Caldeirão no início de setembro.

O objetivo é construir o enrocamento, que se trata de um muro de pedras, com quatro metros de altura em uma extensão de 120 metros. O superintendente regional do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), Cléo Quaresma, pediu para a empresa acelerar o serviço. “Fiz a solicitação para que o trabalho siga sem interrupções até conseguirmos montar uma proteção primária. A obra consiste em colocar as pedras para conter o avanço do mar. É uma obra paliativa”, informou Quaresma.

O diretor da Britagem Vogelsanger, André Vogelsanger, explicou que as pedras são transportadas de uma jazida em Palhoça. São 15 caminhões que transportarão as pedras até o Sul da Ilha. Em média, cada caminhão transporta 10 m³ por viagem.

O fenômeno da natureza, que é consequência da maré alta e das ondas provocadas pelos ventos, acabou com a faixa de areia no Caldeirão e também deixou um rastro de destruição em outras praias. A força do mar fez as pedras cederem à distância de um metro do acostamento. “Não estamos tranquilos, porque é uma obra emergencial, mas estamos menos apavorados. Aguardamos um plano estratégico do governo, porque a erosão costeira é um fenômeno global e passível de solução”, cobrou o presidente da Associação Comunitária do Morro das Pedras, André Luiz Vieira.

Mar invadiu 15 mil m² de restinga no Caldeirão

O início da colocação das pedras foi acompanhado por técnicos da Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente). Para o diretor da unidade de conservação da Lagoa do Peri, Mauro Costa, cerca de 15 mil m² de restinga sumiram com o avanço do mar. Ele destacou que a parte da vegetação atingida descobriu uma composição mais antiga. “A praia é um ambiente vivo em movimento e não sabemos o que o enrocamento pode provocar. Percebemos que a turfa [massa de tecido de várias plantas produzida por lenta decomposição] está à mostra e sem a presença de conchas”, disse. Costa informou ainda, que no ponto mais crítico, o mar avançou 50 metros sobre a restinga, sem contar a faixa de areia.


Fonte: Notícias do Dia

Ministério altera regras para divulgação de lista suja do trabalho escravo

As novas normas servirão também para a concessão de seguro-desemprego ao trabalhador que for resgatado em fiscalização do Ministério do Trabalho

O Ministério do Trabalho publicou portaria que estabelece novas regras para a caracterização de trabalho análogo ao escravo e para atualização do cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a tal condição, a chamada lista suja do trabalho escravo. As novas normas servirão também para a concessão de seguro-desemprego ao trabalhador que for resgatado em fiscalização do Ministério do Trabalho.

A portaria foi publicada hoje (16) no Diário Oficial da União. Segundo a norma, para integrar a lista suja é necessário que seja constatada e comprovada a existência de trabalho análogo ao escravo. Pela definição do Código Penal, submeter alguém a atividade análoga ao escravo é submeter a trabalho forçado ou jornada exaustiva, quer sujeitando o trabalhador a condições degradantes, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída.

A portaria estabelece que, para que seja considerada jornada exaustiva ou condição degradante, é necessário que haja a privação do direito de ir e vir, o que no Código Penal não é obrigatório.

Além disso, agora, a divulgação da lista suja ficará a cargo do ministro do Trabalho e a atualização será publicada no sítio eletrônico do Ministério do Trabalho duas vezes ao ano, no último dia útil dos meses de junho e novembro. Antes, a organização e divulgação do lista suja era responsbailidade da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) e a atualização da relação podia ocorrer a qualquer momento.

Reação

A nova portaria desagradou o Ministério Público do Trabalho (MPT), que a considerou ilegal e diz que adotará, junto com entidades públicas e privadas, medidas judiciais e extrajudiciais na sua esfera de atuação. O vice-coordenador nacional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete) do MPT, Maurício Ferreira Brito, defendeu que "por meio de instrumento normativo inadequado, portaria, o Ministério do Trabalho deseja modificar o conceito de trabalho análogo ao de escravo do artigo nº 149 do Código Penal, fazendo-se substituir pelo legislador ordinário". Ele destacou ainda o que chamou de uma nova "desregulamentação sobre a lista suja do trabalho escravo".

O coordenador nacional da Conaete, Tiago Muniz Cavalcanti, defendeu que o governo "está de mãos dadas com quem escraviza". "Não bastasse a não publicação da lista suja, a falta de recursos para as fiscalizações, a demissão do chefe do departamento de combate ao trabalho escravo, agora o ministério edita uma portaria que afronta a legislação vigente e as convenções da OIT [Organização Internacional do Trabalho]".

Em nota, o Ministério do Trabalho, diz que a portaria aprimora e dá segurança jurídica à atuação do Estado Brasileiro, ao dispor sobre os conceitos de trabalho forçado, jornada exaustiva e condições análogas à de escravo. "O combate ao trabalho escravo é uma política pública permanente de Estado, que vem recebendo todo o apoio administrativo desta pasta, com resultados positivos concretos relativamente ao número de resgatados, e na inibição de práticas delituosas dessa natureza, que ofendem os mais básicos princípios da dignidade da pessoa humana", diz em nota.

A pasta diz ainda que o Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores à condição análoga a de escravo "é um valioso instrumento de coerção estatal, e deve coexistir com os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório".


Fonte: Diário Catarinense - Rafael Martini

Prefeitura de Florianópolis desconta previdência, mas não repassa para o instituto

Documento assinado pelos presidentes dos conselhos de Administração e Fiscal do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos de Florianópolis, com data de 28 de setembro, demonstra que a prática de descontar o percentual de previdência social dos funcionários sem o devido repasse não é comum somente na iniciativa privada.

Vereadores Pedro Silvestre, o Pedrão (PP), e Vanderlei Faria, o Lela (PDT), apresentaram nesta segunda na tribuna da Câmara relatório em que comprovam que tanto o ex-prefeito Cesar Souza Junior quanto Gean Loureiro descontaram dos servidores, mas não repassaram ao Instituto de Previdência de Florianópolis um total de R$ 23,1 milhões, sendo R$ 8,9 milhões da gestão anterior, referente aos meses de outubro, novembro, dezembro e gratificação natalina. Já a administração atual deixou de depositar no fundo previdenciário dos servidores municipais R$ 14,1 milhões, equivalente aos meses de março, abril, junho e julho deste ano.

Também não efetuaram o depósito de R$ 21 milhões referente à parcela patronal e outros R$ 24 milhões de financiamentos acordados anteriormente. Ou seja, na prática, o déficit no caixa previdenciário dos servidores de Florianópolis pode superar os R$ 68 milhões. Isso somente se levado em conta os meses citados acima. Na prática, o rombo pode ser maior, segundo análises preliminares dos parlamentares. "Esta situação é gravíssima", comentou Pedrão.

Os vereadores do bloco de oposição pretendem levar o caso para análise do Tribunal de Contas do Estado ainda nesta terça. "Se confirmado, trata-se de um ato de improbidade administrativa", afirmou Lela.

Procurado, o ex-prefeito Cesar Souza Junior disse que se trata de informações requentadas, sintomas das dificuldades financeiras pelas quais passam todos os municípios. "Esse drama não é só de Florianópolis. Nem de apenas uma gestão", disse.

Já o gabinete do prefeito Gean Loureiro informou que a prefeitura efetuou um encontro de contas com regime previdenciário dos servidores que foi concluído ontem mesmo e explica: o fundo de previdência possuía um débito de R$ 26 milhões com o município, que decorriam de um débito de transferência obrigatória e não feitas do imposto de renda e planos de saúde. Sendo assim, foram pagas as despesas de contribuições dos servidores ao fundo e o Ipref efetuou o pagamento dos débitos em aberto com o município.

Existe ainda uma parte do encontro de contas que será feito hoje e amanhã em relação às despesas do fundo municipal de saúde. São os outros valores os citados pelo conselho neste documento. Por fim, quanto à parte patronal, a prefeitura informa que o parcelamento foi autorizado pela Câmara no início de 2017. Sendo feito na sua totalidade até o final do ano.


Fonte: Diário Catarinense

Senadores de SC evitam falar sobre a votação que define o futuro de Aécio Neves

Na véspera da sessão que vai discutir, analisar e definir o futuro de Aécio Neves (PSDB-MG) no Senado, os três parlamentares que representam Santa Catarina na Casa evitam falar sobre como pretendem votar. Além do afastamento das atividades no plenário, Aécio cumpre recolhimento noturno, ambos impostos pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no mês passado.

O senador Paulo Bauer (PSDB), que no fim de setembro protocolou um requerimento que pedia caráter de urgência na apreciação do caso, não atendeu aos telefonemas da reportagem ao longo desta segunda-feira. No fim da tarde, por meio do assessor de imprensa, informou que além de não se manifestar sobre a votação, não irá abrir o voto. Ressaltou também que não trabalha com nenhuma estratégia para a sessão.

O mesmo ocorreu com o senador Dario Berger (PMDB), que não atendeu a reportagem, porém, por meio do assessor de imprensa, também já no fim da tarde, informou que ainda não tem intenção de voto e que vai analisar a situação, tanto pelas questões políticas, quando pelas legais, terça-feira pela manhã, quando desembarcar em Brasília.

O senador Dalírio Beber (PSDB-SC), chegou a atender a reportagem, mas como estava em uma reunião, não conseguiu conversar. Até a publicação desta matéria o parlamentar ainda não havia sido localizado novamente para comentar o assunto.

Nesta segunda-feira, conforme a colunista Carolina Bahia, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) entrou com um mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que a votação seja aberta e com voto nominal.

O afastamento de Aécio ocorreu quando o STF atendeu ao pedido da procuradoria-geral da República, que afirma que o tucano usaria o poder de parlamentar para interferir nas investigações da Lava-Jato. No último sábado, a Justiça Federal de Brasília concedeu uma liminar referente a uma ação popular que também pedia que a sessão seja aberta.


Fonte: Diário Catarinense

Pelo menos um terço das residências com acesso à rede de esgoto estão irregulares nas maiores cidades de SC

Pelo menos um terço das residências com acesso à rede de esgoto estão irregulares nas maiores cidades de SC Marco Favero/Diário Catarinense
Projeto da Casan pretende solucionar poluição da Beira-Mar Norte, em Florianópolis, por conta do despejo irregular de esgoto

Principal foco do projeto para despoluição da orla da Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, apresentado pela Casan na semana passada, o despejo irregular de esgoto na principal via da Capital reflete uma realidade preocupante: nas três maiores cidades do Estado, pelo menos três em cada 10 residências com acesso ao saneamento vistoriadas entre 2016 e 2017 têm ligação incorreta à rede de esgotamento sanitário. A situação mais crítica é a de Joinville, onde 62% dos imóveis fiscalizados neste ano estão ligados irregularmente. Em Florianópolis, o percentual chega a 48,9% nos bairros visitados, enquanto em Blumenau fica em 28%.

A lei federal 11.445/2007 estabelece que “toda edificação permanente urbana será conectada às redes públicas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário disponíveis e sujeita ao pagamento das tarifas”. Isso significa que mesmo aquelas residências que poderiam, mas não estão ligadas corretamente à rede de esgoto, devem pagar pelo serviço, com taxas que variam de cidade para cidade. Na Capital, por exemplo, o valor é o mesmo da conta de água (se o gasto com água for de R$ 100, a conta de coleta e tratamento do esgoto será de R$ 100, totalizando R$ 200 na fatura). Ou seja, tem muita gente pagando por um serviço que não utiliza, mas que deveria.

Cobra-se – com razão – a ação do poder público visando a preservação ambiental, mas a população nem sempre faz sua parte. Em Florianópolis, de acordo com o Ranking do Saneamento das 100 Maiores Cidades do Brasil, divulgado neste ano, a rede de esgoto cobre 57,5% das residências e estabelecimentos comerciais. Mas, de acordo com a prefeitura, apenas metade delas estão ligadas corretamente à rede.

Municípios fiscalizam e podem aplicar multa

A Casan – responsável pelo serviço em mais de 60% dos municípios de SC – reforça que ter a rede de esgoto no bairro é diferente da ligação das residências à essa rede, o que deve ser feito pelo proprietário do imóvel. Na região da Beira-Mar Norte, conforme a companhia, cerca de 50% das moradias e estabelecimentos comerciais têm algum tipo de irregularidade na ligação do esgoto. Aos municípios cabe o papel de fiscalizar as ligações e aplicar multas caso sejam constatadas irregularidades.

Em Florianópolis, apenas na terceira notificação é que o proprietário pode ser multado em
R$ 350,40 (residencial) e R$ 517,26 (comércio, indústria e poder público). Em Joinville, são cobrados R$ 300 caso a irregularidade constatada não seja solucionada no prazo estipulado para adequação. Em Blumenau, a cobrança é de 15 vezes a tarifa mínima de água por economia/categoria. Além disso, nas infrações que podem causar agressão ambiental, as autoridades são comunicadas.

– A fiscalização é um trabalho muito custoso e a legislação não favorece. Para se ter uma ideia, não se pode nem cortar a água do proprietário que lança o esgoto direto na rede pluvial ou no mar. Além disso, o valor da multa não cobre o custo desse processo de fiscalização – compara o superintendente de Habitação e Saneamento de Florianópolis, Lucas Arruda.

Medidas incentivam participação

Florianópolis já tem programa que visa acabar com as ligações irregulares, o Se Liga na Rede. Em novembro de 2016, a prefeitura divulgou o último relatório com os dados da inspeção em 10 bairros: Barra da Lagoa, Cachoeira do Bom Jesus, Canasvieiras, Costa da Lagoa, Estreito, Ingleses, José Mendes, Jurerê, Lagoa da Conceição e Ponta das Canas. Das 11.982 unidades inspecionadas, 5.857 (48,9%) apresentam irregularidade.

De acordo com a prefeitura, o modelo punitivo utilizado até agora não tem dado resultado, por isso o programa será repaginado e prevê uma força-tarefa para a regularização das residências e comércios, em vez da aplicação de multas.

Superintendente de Habitação e Saneamento de Florianópolis, Lucas Arruda diz que licitação será publicada até o fim do mês para contratar a empresa que dará o suporte técnico, montará pontos de orientação e encaminhará obras da rede de esgoto, que têm custo médio de R$ 2,5 mil por residência.

– A prefeitura vai fiscalizar as residências e, quando for notificar, vai oferecer o serviço de ligação à rede, que será feito por uma empresa credenciada. O custo será pago pelo cliente, com possibilidade de diluir o valor na fatura de água – afirma Arruda.

Em Blumenau, a BRK Ambiental aplica o Programa Rio Limpo Começa na Nossa Casa, criado em abril de 2016, em parceria com diversos órgãos públicos. Cerca de 50% dos imóveis com acesso ao sistema público foram vistoriados. A concessionária também faz, mensalmente, a Oficina de Encanadores, curso gratuito em que a população aprende a fazer a ligação correta de esgoto.

A companhia Águas de Joinville diz que tem intensificado as fiscalizações, mas não tem atualmente um programa específico em relação a ligações irregulares.

Falta de recurso e informação inibem adesão

Mestre em Engenharia Ambiental e coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Univali, Janete Feijó destaca que as ligações irregulares são um problema em todo o país. Ela aponta que quatro situações levam ao cenário de baixos índices quando o assunto é saneamento básico: falta de informação e conscientização, falta de recursos financeiros, problemas técnicos na estrutura para ligação e preocupação com o impacto visual.

– Deixam o saneamento em segundo plano sem ter a percepção da importância que ele tem. As pessoas não têm a consciência de que o esgoto é uma situação de saúde pública e que ele precisa ser devidamente coletado, transportado e tratado – afirma a especialista.

Janete defende que as companhias de saneamento foquem em soluções para esses quatro pontos que dificultam a adesão dos moradores à rede pública de esgotamento sanitário. Na questão financeira, uma opção para baratear os custos da ligação, que já é adotada por algumas empresas, é diluir os valores na própria conta de esgoto ao longo dos meses.

Nos casos de problemas técnicos, a professora diz que deve haver diálogo claro entre proprietários e empresas, sempre oferecendo alternativas para que o cliente possa se regularizar. Orientações e informações constantes também são vistas como fundamentais para que o Estado e o país avancem na cobertura adequada do esgoto sanitário.

– Também é preciso considerar que, quando há rede pública, a empresa já pode cadastrar o usuário e vai cobrar a tarifa independentemente dele estar usando ou não. E depois, na fiscalização, a prefeitura e órgãos competentes têm poder de polícia para notificar, dar um prazo de adequação e aplicar multa – acrescenta Janete.


Fonte: EconomiaSC

IPC-S avança na segunda semana de outubro

Inflação pelo IPC-S registrou 0,14 ponto percentual acima da última divulgação

O IPC-S de 15 de outubro de 2017 apresentou variação de 0,28%1, 0,14 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.

Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,16% para 0,20%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -2,27% para 4,73%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (-0,09% para 0,19%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,29%), Comunicação (0,11% para 0,32%), Despesas Diversas (0,49% para 0,60%) e Vestuário (0,62% para 0,68%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-1,78% para -0,13%), protetores para a pele (-1,78% para -1,31%), tarifa de telefone móvel (0,09% para 0,69%), cigarros (1,13% para 1,35%) e roupas femininas (1,02% para 1,22%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos: Transportes (0,48% para 0,23%) e Educação, Leitura e Recreação (0,51% para 0,44%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: gasolina (2,38% para 1,18%) e excursão e tour (1,09% para 0,89%), respectivamente.


Fonte: Folha de S.Paulo

Redução do desemprego virará mote de Temer para tentar ganhar fôlego

Presidente Michel Temer durante cerimônia alusiva ao Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, em Brasília, nesta quarta

O diagnóstico é consenso entre os principais aliados de Michel Temer: o presidente conseguirá os 171 votos necessários para barrar a segunda denúncia contra ele —desta vez por obstrução de Justiça e organização criminosa—, mas não poderá mais contar com uma base robusta que aprove medidas relevantes, como a proposta inicial do governo para a reforma da Previdência.

Por isso, sem força política para comandar votações importantes no Congresso, Temer vai apostar em um inflamado discurso sobre a redução do desemprego para tentar ganhar fôlego até o fim de seu mandato.

A ideia é que Temer volte a se ancorar no discurso de que a situação econômica do país melhorou, principalmente com a redução do número de desempregados, hoje em cerca de 13 milhões de pessoas.

Segundo o núcleo político do governo, a nova lei trabalhista, que entra em vigor dia 11 de novembro, impulsionará contratações em vários setores, além dos postos temporários criados no fim do ano, que devem endossar o desejado cenário positivo.

O otimismo do Palácio do Planalto, porém, não encontra respaldo na equipe econômica. Cautelosos, integrantes do Ministério da Fazenda afirmam que a melhora nos índices de desemprego será "vagarosa" e que não há indícios, por parte do mercado, de um boom nas contratações com a vigência da nova legislação trabalhista.

Somada a esse ruído com a área econômica há ainda no Planalto a avaliação de que o governo sofrerá um inevitável redesenho após a votação da segunda denúncia contra Temer na Câmara.

Deputados aliados prometem retaliação nas votações ao reclamar do não cumprimento das promessas do presidente, que se comprometeu a liberar cargos e emendas em troca de apoio para se livrar da primeira denúncia.

Ciente de que já gastou muito de seu capital político, Temer foi então aconselhado por assessores a não adotar medidas impopulares nos próximos meses e a apostar em número positivos da economia que não dependam da agenda legislativa.

Auxiliares defendem, por exemplo, que o presidente postergue a assinatura da elevação da alíquota da contribuição previdenciária, de 11% para 14%, do adiamento do reajuste de salário dos servidores e da nova tributação de fundos exclusivos.

Integrantes da equipe econômica reagem e dizem que, diante do pessimismo quanto à aprovação da reforma da Previdência, contam com isso para fechar a meta de 2018.

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