Bom dia, Prezados, segue o Clipping desta terça-feira. Desejo a todos uma excelente leitura.
CDL de Florianópolis
Ric Record: Balanço Geral Pauta: Comércio Ilegal Clique aqui para assistir na íntegra.
Ric Record: Balanço Geral Pauta: Horário de Natal Clique aqui para assistir na íntegra.
Fonte: Diário Catarinense - Estela Benetti
Fonte: Notícias do Dia - Janine Alves
Fonte: Notícias do Dia - Janine Alves
Fonte: Notícias do Dia - Marcos Cardoso
Fonte: Notícias do Dia
Geral
Fonte: Notícias do Dia
Preocupado com a insegurança, prefeito faz pressão por mais policiais em Florianópolis
Na opinião do prefeito Gean Loureiro, a Capital deveria receber 400 novos policiais e não 109 como promete o comando-geral da PM; Florianópolis é a cidade mais violenta de SC com 163 assassinatos
A sensação de insegurança em Florianópolis, com 163 mortes violentas, está deixando o prefeito Gean Loureiro (PMDB) inquieto. Ele já vinha pedindo para o secretário da Segurança Pública, César Grubba, reforço policial. Mas quando soube que a cidade vai receber apenas 109 PMs, dos 900 que se formaram recentemente, bem menos que Joinville beneficiado com 141 soldados, o prefeito levou, nesta segunda-feira (11) o vice-governador, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), ao gabinete de Grubba para discutir a redistribuição dos novos soldados.
“É inadmissível o Norte da Ilha, uma das regiões mais violentas da Capital, receber apenas 36 PMs. O reforço para a área central, 45, também é muito pouco. E os 28 para o Continente não é o ideal”, reclamou Gean. Preocupado com a segurança da população e dos turistas que prometem lotar a Ilha na temporada, a intenção de o prefeito em levar o vice-governador ao gabinete de Grubba seria para ele (Eduardo Pinheiro Moreira) convencer o governador Raimundo Colombo (PSD) a rediscutir critérios técnicos na distribuição do policiamento.
O tiroteio na avenida Beira-Mar Norte, a mais movimentada de Florianópolis, domingo (10), às 17h, e a execução de dois jovens num ponto de ônibus, em frente a um shopping foram a gota d’água. Na história de Florianópolis, a violência nunca teve parâmetros tão preocupantes como os atuais índices de criminalidade. Na opinião do prefeito, Florianópolis deveria recebe, no mínimo, 400 novos policiais para, pelo menos, estancar a onda de assassinatos.
Fonte: Notícias do Dia
Trânsito mudará perto de hospitais no Centro de Florianópolis
Obra de 20 dias será paga pela iniciativa provada e vai alterar os acessos aos hospitais Baía Sul e Caridade
O trânsito no Centro de Florianópolis vai sofrer alterações no ponto de encontro das ruas Silva Jardim, Menino Deus e Avenida Mauro Ramos. O objetivo das alterações é de melhorar o fluxo de veículos que buscam os hospitais Baía Sul e Caridade. A obra, que deve custar R$ 200 mil e tem o período previsto de duração de 20 dias, será financiada pelo condomínio Baía Sul Medical Center. Segundo o engenheiro Estevão Ribeiro, que trabalha voluntariamente para a Prefeitura de Florianópolis e desenvolveu o projeto, a localidade tem um fluxo de 40 veículos por minuto nos horários de pico. Semáforos já estão intermitentes para a realização dos trabalhos.
A obra deve começar na próxima semana, segundo o diretor técnico condomínio Baía Sul, o médico Rafael Vasconcellos, pois ainda há dúvida de qual empresa vai executar as modificações. “A parceria ajuda a reduzir a burocracia, porque a iniciativa privada realiza a obra, mas o poder público ainda ordena o serviço. Vamos reduzir a fila de quem busca atendimento de saúde ou apenas para quem acessa a avenida Mauro Ramos. Se for necessário faremos pequenos ajustes”, prometeu o prefeito Gean Loureiro (PMDB), durante a assinatura da parceria.
A primeira mudança é a direita livre de quem sai da rua Menino Deus e pega a avenida Mauro Ramos. A segunda é o fechamento do retorno na rua Silva Jardim, de quem segue no sentido da Prainha. Para quem está neste sentido e precisa acessar os hospitais vai fazer o retorno pela rua José da Costa Moellman, contornando a praça Tancredo Neves, acessando a rua Doutor Jorge Luz Fontes, em direção à Silva Jardim.
Pela rua Doutor Jorge Luz Fontes, o motorista também poderá acessar o hospital de Caridade seguindo pela rua São Martinho, visto que o canteiro será aberto para a passagem de veículos. “Vamos trabalhar no período de recesso e quando a obra for sobre a pista no período noturno para reduzir o impacto. O semáforo intermitente já melhorou o trânsito”, explicou Vasconcellos.
A obra ainda consiste na redução de um canteiro para quem busca os hospitais pela Rua Menino Deus. O condomínio também se comprometeu em retirar à cancela do estacionamento, que fica próximo a rua e provoca congestionamentos. A comandante da GMF (Guarda Municipal de Florianópolis), Maryanne Mattos, informou que os agentes estarão presentes durante os trabalhos para auxiliar os motoristas e que todo o local será monitorado pelo Centro de Controle Operacional da Prefeitura.
“Vamos monitorar a região para auxiliar o motorista e desafogar o trânsito, porque um minuto pode fazer a diferença para um veículo de emergência. A preferência de acessar a Mauro Ramos continua sendo de quem segue pela Silva Jardim. O motorista que sair da Menino Deus terá a direita livre, mas terá que dar a preferência para os outros veículos. Além disso, uma lombo faixa será construída na frente do IEE (Instituto Estadual de Educação) para que os condutores reduzam a velocidade”, explicou a comandante da GMF.
Fonte: Notícias do Dia
Combate à pirataria é ampliado durante a temporada no Centro de Florianópolis
Agentes da Guarda Municipal e fiscais da SUSP ficarão posicionados em pontos estratégicos
O Conselho Municipal de Combate à Pirataria começa nesta segunda-feira (11) ações ostensivas para combater o comércio ilegal no Centro de Florianópolis. Agentes da Guarda Municipal e fiscais da SUSP (Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) ficarão posicionados em pontos estratégicos para que os ambulantes não se instalem no Centro Histórico.
De acordo com a Prefeitura, a ação, que aconteceu ao longo do ano, será ampliada a partir desta segunda-feira até o final da temporada de verão. "Assim que reativamos o conselho, na semana passada, começamos a pontuar algumas ações para combater o comércio ilegal em Florianópolis. Temos essas ações no Centro, mas também algumas nos balneários", afirmou Maryanne Mattos, comandante da Guarda Municipal.
De acordo com ela, a Guarda conta com cerca de 30 agentes por turno na Capital, com um reforço maior durante as tardes. No entanto, a ideia é de que as guarnições fiquem pelo Centro logo no começo da manhã para evitar enfrentamento com os ambulantes. Assim, com o final do ano letivo, equipes da Guarda que faziam fiscalizações nas escolas serão distribuídas conforme a demanda.
Fonte: Diário Catarinense
TRF-4 julga nesta terça-feira pedidos de esclarecimento sobre demolição de beach clubs
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre, julgará na manhã desta terça-feira os embargos declaratórios da decisão que ordenou a demolição de parte da estrutura dos beach clubs de Jurerê Internacional, em Florianópolis. Tratam-se de pedidos de esclarecimentos sobre o que efetivamente terá de ir ao chão, após a sentença do final de outubro.
Praticamente todas as partes envolvidas no processo entraram com embargos de declaração. Em linhas gerais, a sentença determina a demolição de todas as ampliações feitas a partir de 2005, ano em que foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Habitasul, proprietária dos postos de praia, e o Ministério Público Federal. Há, no entanto, dificuldade em saber exatamente quais estruturas teriam de ser demolidas. A expectativa é que essas dúvidas sejam sanadas ainda pela manhã pelos desembargadores da 3ª Turma do TRF-4.
O presidente da Associação de Proprietários e Moradores de Jurerê Internacional (Ajin), Sérgio Rodrigues da Costa, defende a retirada total das estruturas e diz que há alguns detalhes a serem esclarecidos, porém o mérito da decisão não deve ser alterado. Ele classifica a sentença do Tribunal como "ponderada", porém sabe que a batalha jurídica pode ir a Brasília caso recursos sejam levados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Enquanto isso, ele acredita que o prazo para a demolição e para as multas começou a correr no dia 7 de dezembro.
— São diversas ações protelatórias. Lamentavelmente quem perde é Florianópolis e os moradores do bairro, que ficam à mercê das festas e distúrbios causados pelos beachs clubs —diz o presidente da Ajiin, Sérgio Rodrigues da Costa.
O MPF também pediu esclarecimentos sobre seis pontos da decisão. O principal deles refere-se ao fato de que a decisão fala em manter os postos de praia originais, porém não especifica exatamente como eles seriam. Não há também a especificação do que seria um posto de praia, o que daria margem para várias interpretações e dificultaria a execução da sentença. O MPF ressalta ainda a necessidade de que ocorra uma licitação para o uso dos espaços no futuro.
A Habitasul também entrou com embargos de declaração, porém os advogados da empresa disseram que preferem se manisfestar apenas depois da decisão.
Fonte: Diário Catarinense
Fecomércio: desemprego cresce, mas consumidor está mais confiante
As pesquisas padronizadas da Fecomércio-SC sobre intenção de compras para o Natal nos últimos três anos retratam os danos da recessão no emprego, mas sinalizam que o consumidor está mais otimista. Em média, a entidade entrevista 2 mil consumidores em algumas das maiores cidades catarinenses – Joinville, Florianópolis, Blumenau, Chapecó, Itajaí, Criciúma e Lages. O levantamento deste ano apurou que o desemprego entre as pessoas ouvidas está em 11%, bem acima da taxa de 6,7% apurada pelo IBGE em outubro e muito pior do que nos anos anteriores. No ano passado, 7,7% informaram na pesquisa da Fecomércio que estavam sem emprego e no ano anterior, 2015, eram 5,7%. Vale observar que o IBGE contabiliza apenas quem procurou emprego nos últimos 30 dias anteriores ao levantamento que realiza.
O dado da pesquisa da Fecomércio que mostra que o consumidor de SC está mais confiante no futuro da economia é o que indica que pretende priorizar com o dinheiro do 13º salário. Para este ano, 18% vão destinar para compra de presentes, 37% para pagamento de dívidas e 29% pensam em economizar. Em 2016, apenas 11,7% pretendiam priorizar presentes, 31% iam pagar dívidas e 23,8%, poupar. Em 2015, quando o futuro estava ainda mais incerto, somente 10,7% pretendiam gastar em consumo o 13º. Os que pensavam em pagar dívida eram 28,6% e os que programavam poupar eram 23,3%.
O dado preocupante é que o emprego volta muito lentamente, dependendo de uma retomada mais forte da economia, com mais investimentos.
Fonte: G1SC
Temer se reúne nesta terça com empresários em novo esforço para aprovar reforma da Previdência este ano Segundo o blog do Valdo Cruz, os empresários vão buscar conversar com deputados para tentar convencê-los a votar a proposta ainda neste ano.
Em mais um esforço para aprovar ainda este ano a reforma da Previdência na Câmara, o presidente Michel Temer se reúne, nesta terça-feira (12), com lideranças empresariais. De acordo com o blog do Valdo Cruz, no encontro, mais de 150 lideranças empresariais deverão manifestar apoio à reforma. O grupo quer conversar com deputados para que a proposta seja votada logo.
Ainda segundo o blog, entre as entidades que confirmaram presença estão a CNI (Confederação Nacional da Indústria), Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo), Fierj (Federação da Indústria do Estado do Rio de Janeiro), CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil) e a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Temer disse no domingo que ainda via possibilidade de a reforma ser votada neste ano, mas que também havia chance de o tema ficar para 2018.
Em outra frente, Temer pressiona ministros pela liberação de recursos aos parlamentares numa tentativa de angariar votos. De acordo com o blog da Andréia Sadi, o presidente pediu aos ministros Alexandre Baldy (Cidades), Helder Barbalho (Integração Nacional) e Dyogo Oliveira (Planejamento) que acelerem as pendências relacionadas às respectivas pastas para atender aos parlamentares.
Na semana passada, em evento da indústria química em São Paulo, o presidente Michel Temer pediu apoio aos empresários para convocar deputados ligados ao setor para votarem a favor da reforma.
Solicitou aos empresários que façam uma "força-tarefa" e liguem para os deputados pedindo votos. "É preciso que os senhores saiam a campo: conhece um deputado, liga para ele", defendeu. "Faz uma força-tarefa", disse.
Temer ressaltou que a reforma interessa especialmente ao setor empresarial. "Com toda franqueza, vejo os amigos empresários, a quem realmente interessa a reforma da Previdência, nos dizendo 'nós somos a favor'. Mas mais do que a favor, eu gostaria de pedir a vocês: saiam em uma frente de trabalho. Porque nós temos nesta semana, marcado agora para 18 ou 19, a votação. Os senhores todos que tiverem contato com os colegas, amigos deputados, senadores, que tanto ajudaram o governo, podem convencer desses argumentos", afirmou o presidente.
Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que há "uma grande possibilidade" de que a discussão sobre a reforma da Previdência comece nesta quinta-feira (14) no Congresso e que a proposta seja votada na Câmara na semana que vem.
"Nesta quinta as chances (de votar) não são elevadas. Existem, mas são baixas. Agora existe uma grande possibilidade de iniciar-se a discussão formal e ser votada na próxima semana", disse.
Mais cedo, na segunda-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chegou a afirmar que havia dificuldade em votar a reforma ainda neste ano. Meirelles comentou a declaração do deputado e disse que “compete a ele ser realista como todos nós".
Recesso O governo corre contra o tempo para conquistar os votos que ainda faltam. O recesso parlamentar no Congresso começa oficialmente no dia 22 de dezembro e vai até fevereiro.
Votar a Previdência em 2018 é considerado mais difícil, por se tratar de um ano eleitoral. Além de precisar de 308 votos dos 513 deputados em dois turnos na Câmara, o texto ainda precisa passar pelo Senado. O governo teria uma vitória se o tema precisasse ser analisado só pelo Senado em 2018.
Proposta em análise Buscando facilitar a aprovação da reforma, o governo apresentou recentemente uma nova versão da proposta, mais enxuta, que estabelece um tempo mínimo de contribuição 10 anos menor para trabalhadores do INSS em relação aos servidores públicos e poupa todos os trabalhadores rurais.
A proposta ainda está em discussão e deve passar por votações no Congresso. Por promover uma mudança na Constituição, ela só entra em vigor se for aprovada por pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação na Câmara e mais em dois turnos no Senado.
Fonte: SPC Brasil
59,9 milhões de brasileiros estão com o nome negativado, mostra estimativa do SPC Brasil e CNDL
Faixa etária com maior quantidade de negativados é entre 30 e 39 anos. Região Sudeste concentra o maior número de negativados: 24,24 milhões de consumidores
O volume de brasileiros com contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores segue estável, porém alto. Segundo dados do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) a estimativa é que o Brasil tenha aproximadamente 59,9 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. O número representa 39,5% da população com idade entre 18 e 95 anos.
Em novembro, houve um aumento de 0,23% na quantidade de inadimplentes na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na comparação mensal, ou seja, entre outubro e novembro de 2017, o indicador apresentou aumento de 0,15%. “Mesmo com a estabilidade, a cifra ainda é bastante elevada. Para as empresas, o cenário implica a perda de potenciais consumidores; para os consumidores, implica restrição do acesso ao crédito”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
Para ele, a mudança desse quadro passa pela efetiva melhora das condições econômicas e, em especial, pela redução da taxa de desemprego. “Nos últimos meses, a economia brasileira iniciou um processo de recuperação. A atividade avançou por três trimestres consecutivos e a inflação e os juros recuaram. Algumas mudanças de regras também favoreceram o consumidor, a exemplo das novas regras do rotativo do cartão de crédito. Não obstante, a recuperação ainda é incipiente e não atinge o bolso do consumidor.”
Faixa etária com maior quantidade de negativados é entre 30 e 39 anos
A estimativa por faixa etária revela que é entre os 30 e 39 anos que se observa a maior frequência de negativados. Em novembro, praticamente metade da população nesta faixa etária (49%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 16,93 milhões. Também merece destaque o fato de porcentagem significativa da população com idade entre 40 e 49 anos (47%) estar negativada, da mesma forma que acontece com os consumidores com idade entre 25 a 29 (46% em situação de inadimplência). Entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 21% – em número absoluto, 4,92 milhões. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 31%, o que representa 4,92 milhões de pessoas.
Sudeste é a região que concentra a maior quantidade de inadimplentes
É na região Sudeste em que se concentra a maior quantidade de consumidores com contas em atraso, em termos absolutos: 24,24 milhões – número que responde por 37% do total de consumidores que residem no estado. A segunda região com maior número absoluto de devedores é o Nordeste, que conta com 16,85 milhões de negativados, ou 42% da população. Em seguida, aparece o Sul, com 8,30 milhões de inadimplentes (37% da população adulta).
Já em termos proporcionais, destaca-se o Norte, que, com 5,42 milhões de devedores, possui 46% de sua população adulta incluída nas listas de negativados, o maior percentual entre as regiões pesquisadas. O Centro-Oeste, por sua vez, aparece com um total de 5,08 milhões de inadimplentes, ou 44% da população.
Número de dívidas cai -3,79% em novembro
Outro número calculado pelo SPC Brasil e pela CNDL foi o volume de dívidas em nome de pessoas físicas. Neste caso, a variação negativa foi de -3,79% na comparação anual, e de -0,14% na comparação mensal.
“Desde o início de 2016, a quantidade de dívidas em atraso desacelera de forma mais intensa do que o número de devedores negativados. Isso quer dizer que o consumidor inadimplente tem iniciado o pagamento de dívidas em atraso aos poucos. Além disso, a partir do início da crise, a tomada de novos empréstimos diminuiu significativamente”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Os dados de dívidas abertos por setor credor revelam que o único que apresentou alta foi o setor de comunicação, com variação de 4,02%. No comércio foi onde houve o recuo mais acentuado: o número de pendências com o segmento caiu 6,44%. Em seguida, vêm os bancos (-2,55%) e os setores de água e luz (-1,43%). Em termos de participação, os bancos seguem como os maiores credores do total de dívidas em atraso no país, concentrando 49% do total. Aparecem, em seguida, o setor de comércio, com 19% do total, e o setor de comunicação (14%). Água e luz concentram 9% das pendências.
Metodologia O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%.
Fonte: Folha de S.Paulo
Cortar gastos prejudica os mais pobres?
A sabedoria convencional nos ensina que as atividades do governo exercem importante papel redistributivo. Mais governo significa mais impostos cobrados dos mais ricos e, consequentemente, mais serviços que beneficiam os mais pobres. De acordo com essa visão, cortes nos gastos do governo prejudicam os mais pobres, afinal, indicam redução nos serviços que os beneficiam e permitem um alívio nos impostos pagos pelos ricos.
Será correta essa análise para o Brasil?
Estudo publicado pelo Ministério da Fazenda, intitulado "Efeito Redistributivo da Política Fiscal no Brasil", mostra que a "sabedoria convencional" não explica bem o Brasil.
Grosso modo, o efeito distributivo da política fiscal pode ser observado a partir da comparação do impacto da taxação, de transferências e do uso de serviços ao longo da distribuição de renda.
Comecemos pelos efeitos da tributação. Um sistema tributário é considerado progressivo à medida que taxa relativamente mais os mais ricos. Praticamente todos os países de economia desenvolvida têm sistemas tributários que demandam relativamente mais recursos dos mais ricos. O Brasil não é diferente nesse aspecto. As duas principais classes de impostos que incidem sobre as famílias brasileiras são os impostos sobre a renda (incluída aí a contribuição previdenciária) e os impostos indiretos.
O imposto de renda pessoa física (IRPF) é fortemente progressivo. Uma quase totalidade do imposto cobrado sobre a renda pessoa física recai sobre famílias entre os 20% mais ricos, devido à isenção de quem tem renda mensal abaixo de R$ 1.999,18. Já a contribuição previdenciária apresenta uma leve progressividade porque muitos dos mais pobres estão no setor informal e não contribuem, enquanto muitos dos mais ricos contribuem apenas até o teto do salário de contribuição de R$ 5.531,31.
Entretanto, os impostos indiretos, embutidos nos preços dos produtos, incidem proporcionalmente mais sobre os mais pobres. Esses tendem a consumir uma parcela maior de sua renda, isto é, tendem a poupar menos.
Quando combinamos os efeitos dos diferentes impostos, o sistema tributário brasileiro é levemente progressivo. Portanto, a sabedoria convencional se aplica moderadamente bem para o lado da arrecadação no Brasil. Um governo que gasta menos aliviaria o fardo tributário das famílias ricas mais do que das pobres, mas não muito mais.
É no efeito do uso dos serviços e das transferências que a sabedoria convencional fracassa em explicar o Brasil.
Um dos principais serviços que o governo provê às famílias é a educação pública. Enquanto a escola pública de ensinos fundamental e médio beneficia as famílias mais pobres, aproximadamente 3/4 das matrículas das instituições públicas de ensino superior são de estudantes das famílias na metade mais rica de nossa população. Como o ensino de nível superior é muito mais caro do que o fundamental, o gasto com educação tende a beneficiar mais as famílias da metade de cima da pirâmide social brasileira. Os gastos com saúde são mais pró-pobres que os gastos com educação, mas ainda são concentrados nas partes mais ricas do país - mesmo dentro de grandes cidades, em seus bairros mais abastados. Para que o gasto do governo tenha um melhor impacto distributivo, é necessário gastar mais e melhor no ensino fundamental e expandir o acesso a serviço de saúde de qualidade nas periferias das grandes cidades e rincões distantes dos grandes centros.
Mas o problema maior para a sabedoria convencional no Brasil são os gastos com transferências. Alguns programas de transferências de renda, como o Bolsa Família (BF) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), atingem os mais pobres e reduzem a desigualdade de condições de vida no país. No entanto, BF e BPC têm impacto muito menor que o maior programa de transferências de renda do governo brasileiro: as aposentadorias e pensões por morte.
Como as aposentadorias e pensões por morte são ligadas ao histórico de renda dos trabalhadores, tendem a beneficiar mais as famílias mais ricas. Isso não seria um problema, caso as contribuições dos trabalhadores fossem suficientes para cobrir suas aposentadorias –mas isso não é verdade. Muitos se aposentam cedo e recebem benefícios muito superiores às quantias que contribuíram ao longo de sua vida de trabalho.
Olhando então para tributos, provisão de serviços e transferências, o gasto do governo faz pouco para melhorar o perfil da distribuição de renda no Brasil.
Para que tenhamos um governo que faz mais para quem mais precisa, precisamos refocar gastos com educação para beneficiar as crianças mais pobres, para que elas se qualifiquem para chegar ao ensino superior; reforçar os programas de transferência como o BF que atingem os mais pobres enquanto reduzimos os gastos com aposentadorias que funcionam como Robin Hood às avessas; e também podemos tornar nosso sistema tributário mais progressivo.
Enquanto não redirecionamos o governo para fazer mais para mais precisa, a sabedoria convencional não se aplica no Brasil: reduzir o tamanho do governo não prejudica os mais pobres se for feito de forma inteligente. Deixemos o BF em paz, mas cortemos privilégios como a universidade pública gratuita para quem pode pagar e as aposentadorias generosas para servidores públicos.
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